Após afirmar que não podia pagar, Renan Bolsonaro acerta dívida de quase R$ 500 mil e paga à vista

Jair Renan Bolsonaro (PL-SC), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), firmou um acordo com o banco Santander para quitar uma dívida que chegou a quase R$ 500 mil. O vereador eleito por Balneário Camboriú oficializou a negociação na semana passada.
Documentos obtidos pelo Metrópoles revelam que a dívida, que inicialmente era de R$ 360 mil, com a adição de juros, cresceu para R$ 433,3 mil. O acordo entre Jair Renan e o Santander foi estabelecido em R$ 409,5 mil, a ser pago em uma única parcela.
Na última semana, os documentos foram assinados, com o compromisso do vereador de quitar a dívida até sexta-feira (28/2). O "04" justificou que não tinha condições de saldar o valor total, o que o levou a negociar com o banco, que aceitou a proposta. Até o momento, o Metrópoles não conseguiu confirmar o pagamento da quantia acordada.
Nos trechos do contrato obtido pela reportagem, caso o pagamento não seja realizado até o próximo dia útil — os boletos podem ser pagos, sem penalização, no dia útil posterior, ou seja, na quarta-feira (5/3), haverá uma multa de 2% sobre o valor da parcela vencida em caso de inadimplência.
Adicionalmente, se o acordo não for cumprido, a dívida será restabelecida nas condições originais, e o banco poderá retomar a execução da dívida, seja retendo valores da conta bancária ou mediante apreensão de bens do “04”. Inicialmente, o ex-presidente Jair Bolsonaro informou que pagaria a dívida do filho. A reportagem tentou contato com Jair Renan para esclarecer como ocorrerá a quitação dos valores, mas, até o fechamento desta matéria, não houve resposta. O espaço continua disponível para manifestações.
A dívida
Jair Renan está no foco de uma denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que foi acatada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), relacionada a lavagem de dinheiro, uso de documento falso e falsidade ideológica. A cobrança da dívida está sendo realizada por uma empresa que adquiriu várias pendências de clientes com o Santander. O processo no qual “04” é acusado tramita sob sigilo judicial.