A Maternidade Dr. Adalberto Pereira da Silva passa por situação cada dia mais crítica. Com três meses sem receber repasses do convênio com a prefeitura, a unidade pode até fechar as portas. Funcionários estão preocupados com o atraso de salários e veem cada vez mais problemas para manter o funcionamento. De acordo com profissionais ouvidos há risco de paralisação, caso não haja nenhum posicionamento. “Os funcionários aqui estão revoltados com a falta de atenção da Secretaria de Saúde e do senhor prefeito (Márcio Corrêa)” - afirmou um trabalhador.

A prefeitura retomou o contrato antigo com a unidade, que previa repasses de R$ 300 mil, bem abaixo dos R$ 700 mil que foram contratualizados a posteriori. A própria administração e também a maternidade diziam que o vínculo que foi retomada era prejudicial por prever procedimentos não realizados no local.

Lideranças políticas afirmam que há viés político na decisão do prefeito Márcio Corrêa em postergar por tanto tempo a renovação do convênio e o pagamento dele para a unidade. Explica-se: o diretor médico e rosto público da maternidade é Olegário Vidal, que apoiou publicamente a candidatura de Eerizania Freitas no ano passado.

Quem aponta cunho político e vingativo no atraso cita como exemplo o caso da Santa Casa, que já teve seu convênio renovado com a prefeitura. Dentro da própria Maternidade Dr. Adalberto, a falta de isonomia neste tratamento causa constrangimento e insatisfação.

Enquanto isso, o Diário Oficial do Município passa por um momento de descrédito. Além da fraude levada à polícia pela advogada Danielle Nava, em que o registro de sua posse no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente foram ocultados, há vários erros contumazes em publicações e retificações praticamente diárias. A última delas diz respeito a um contrato de locação – antes descrito como de R$ 600 mil mensais, cujo valor é anual.