PF cita Gusttavo Lima e Valdomiro em investigação sobre o PCC


PF cita Gusttavo Lima e Valdomiro em investigação sobre o PCC Reprodução

Após desarticular uma rede de tráfico internacional de drogas envolvendo o Primeiro Comando da Capital (PCC) e a máfia italiana, a Operação Mafiusi, da Polícia Federal, tem como foco agora as operações suspeitas de lavagem de dinheiro. A investigação, impulsionada por informações de um delator, identificou transações financeiras de alto valor em contas de pessoas jurídicas ligadas à facção criminosa.


Os nomes do cantor sertanejo Gusttavo Lima, do pastor Valdemiro Santiago e do bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho (Adilsinho) surgiram nos relatórios da PF, que teve acesso aos documentos. Eles teriam realizado transações com indivíduos suspeitos e acusados de integrar um "sistema financeiro paralelo" do crime organizado. Apesar de não terem sido indiciados, todos deverão prestar depoimento.


A primeira fase da Operação Mafiusi, deflagrada na semana passada, resultou na denúncia de 14 pessoas pelo Ministério Público Federal por organização criminosa e associação para o tráfico.


Gusttavo Lima, que é cotado como possível candidato a vice na chapa de Ronaldo Caiado (União Brasil) à Presidência em 2026, negou irregularidades e afirmou que a transação mencionada na investigação refere-se à compra legal de uma aeronave. Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, e Adilsinho, patrono da escola de samba Salgueiro, não se manifestaram.


Um dos acusados na operação, o empresário Willian Barile Agati, conhecido como o "concierge do PCC", é apontado como o responsável por gerenciar a rede de transações financeiras milionárias da facção. Ele está preso desde janeiro. Seu advogado, Eduardo Maurício, alega inocência, afirmando que Agati é um "empresário idôneo e legítimo, primário e de bons antecedentes, pai de família, que atua em diversos ramos de negócios lícitos, nacionais e internacionais, sempre com ética e seguindo leis vigentes".


A Operação Mafiusi, conduzida pela 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba (a mesma da Operação Lava Jato), baseia-se, em parte, nas informações fornecidas pelo delator Marco José de Oliveira.


Em relatório recente à Justiça, o delegado Eduardo Verza, do Grupo de Especial de Investigações Sensíveis (Gise) da PF do Paraná, afirmou que a análise das transações financeiras "revela a existência de uma organização criminosa com ramificações nacionais e internacionais". Segundo ele, a organização utiliza "técnicas sofisticadas de estratificação de empresas de fachada e pessoas físicas para ocultar a origem ilícita dos recursos e dificultar o rastreamento das atividades ilícitas".


Verza também destacou que empresas de diversos setores creditam e debitam valores para dissimular operações ilegais, e que pessoas físicas e jurídicas "emprestam" contas-correntes para o tráfico em troca de uma porcentagem do negócio.




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