Ato esvaziado em NY tem live de Bolsonaro: 'Junta para parecer mais gente'

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Ato esvaziado em NY tem live de Bolsonaro: 'Junta para parecer mais gente' Manifestantes favoráveis a Bolsonaro participam de ato convocado nas redes sociais por Eduardo Bolsonaro em Nova York. Foto: Divulgação

"Junta mais para parecer que está cheio". Foi assim que uma das brasileiras que liderou o ato em defesa de uma anistia para os acusados ​​no 8 de Janeiro convocou os demais manifestantes para uma foto.

Neste sábado, um protesto esvaziado em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro foi organizado na Times Square, em Nova York. Mas conto apenas com cerca de 20 pessoas.

O ato chegou a ser menor que uma manifestação de sul-coreanos que, em outro local da praça, divulgaram a mensagem de Jesus. Também foi menor que o grupo que se reuniu para uma demonstração de breakdance, poucos metros de onde estavam os bolsonaristas.

O ato dos brasileiros chegou a ser promovido nas redes sociais pelo deputado Eduardo Bolsonaro , que há mais de 15 dias está nos EUA e que, desde 20 de janeiro, faz sua quarta viagem ao país.

Na hora marcada, porém, apenas quatro pessoas apareceram. Constrangidos, buscavam entender a ausência de um número maior de manifestantes. Cada um que chegava era abraçado, quase que num rompimento e na esperança de evitar um fracasso total do encontro.

Cerca de 40 minutos depois, o grupo chegou a se reunir perto de 20 pessoas, vestidos de verde e amarelo, bonés com o lema de Donald Trump e bandeiras do Brasil e dos EUA.

Era, portanto, a hora da foto oficial. No centro da praça, o pequeno grupo ensaiou um grito de "Anistia", enquanto uma das manifestantes gesticulava com os braços pedindo que as palavras de ordem ganhassem força. Mas eram abafados pela música dos cristãos coreanos.

O fotógrafo do grupo percorreu o grupo, em um ângulo fechado, registrando o ato, que ainda contornou com um cartaz em apoio a Filipe Martins, ex-assessor internacional de Bolsonaro.

O momento mais importante do evento ainda estava por vir. Pelo celular de uma das organizadoras, o ex-presidente indiciado por tentativa de golpe de estado apareceu em uma live.

Mandou abraços para cada um e escolheu dos brasileiros em Nova York mensagens de encorajamento. "Anistia, anistia", dizia o grupo. "Estamos juntos, presidente", gritava um brasileiro ao telefone. “Eu te amo”, dizia outra apoiadora.

Menos de uma hora e meia depois, não havia mais nenhum deles no local. A Times Square, um dos locais mais visitados do mundo, voltava a ser ocupada apenas pelos demais mitos - como o Homem Aranha, o Batman e personagens da Disney - em busca de turistas que desejam acreditar na fantasia.

Uma delas, a Minnie Mouse, era uma equatoriana. Por uma foto ao seu lado na praça, o turista pagava US$ 5,00. Perguntada se revelava sua origem aos turistas, o personagem apenas riu. "Quem sou eu para iludi-los", comentou a garota vestida de sonho americano.




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