Governo inicia campanha da Março Azul e realiza mutirão de prevenção ao câncer de intestino em Goiás

Dentro da campanha nacional Março Azul, o Governo de Goiás, em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde da Cidade de Goiás, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) e a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), realiza um mutirão de prevenção ao câncer de intestino.
A ação acontece na cidade de Goiás, de 17 a 22 de março, na Policlínica Estadual da Região Rio Vermelho. Serão oferecidos 600 exames de colonoscopia, visando o diagnóstico precoce, fundamental para aumentar as chances de cura da doença, que podem chegar a 90% quando identificada em estágio inicial.
“Estamos há pouco mais de um mês mobilizando os moradores que se encontram no grupo de risco. Inicialmente, distribuímos potes coletores para o FIT Test, que detecta a presença de sangue oculto nas fezes, um possível indício de câncer intestinal”, explica a superintendente de Regionalização da SES, Érika Lopes. Os habitantes, tanto homens quanto mulheres, com idades entre 45 e 70 anos que receberam os materiais, ainda podem fazer os testes sem custo nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e na Policlínica Estadual. Se o resultado do FIT Test for positivo, o exame de colonoscopia será realizado na Policlínica Estadual da Região Rio Vermelho, ainda neste mês.
“Alertamos aos moradores do grupo de risco que realizem o teste de sangue oculto nas fezes e, se necessário, aproveitem o exame oferecido na campanha”, enfatizou o coordenador da Campanha de Câncer Intestinal em Goiás, Hélio Moreira Júnior. A colonoscopia é um procedimento que possibilita ao médico observar o interior do intestino grosso, facilitando a detecção de problemas como pequenas lesões que têm o potencial de se transformar em câncer. Caso seja necessário, essas lesões podem ser retiradas durante o próprio exame.
Câncer de intestino
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de intestino é a terceira forma mais letal da doença no Brasil, afetando anualmente mais de 45,6 mil pessoas. A enfermidade incide especialmente em indivíduos com 45 anos ou mais, assim como aqueles que possuem histórico familiar. Entre os fatores de risco estão o histórico pessoal ou familiar de pólipos ou câncer de intestino; doenças inflamatórias intestinais; e diabetes tipo 2. Além disso, fatores evitáveis como obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool são significativos, assim como uma dieta inadequada.
É crucial estar alerta para os principais sintomas: presença de sangue nas fezes; dor ou cólica abdominal persistente por mais de 30 dias; alterações no ritmo intestinal (como diarreia ou constipação); perda de peso rápida sem explicação; anemia; cansaço e fraqueza. Manter um estilo de vida ativo e uma alimentação rica em fibras, bem como reduzir o consumo de álcool e não fumar, pode diminuir as probabilidades de desenvolver a doença. Consultas médicas anuais são igualmente importantes para mitigar ainda mais os riscos.