Na noite de segunda-feira (17) e madrugada de terça-feira (18), as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram uma série de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza. Esta foi a primeira grande operação militar desde o cessar-fogo com o Hamas em janeiro.

Os ataques atingiram alvos em toda a Faixa de Gaza, desde a Cidade de Gaza, no norte, até Khan Younis, no sul. O Ministério da Saúde de Gaza relatou pelo menos 404 mortes e centenas de feridos, segundo informações do The Guardian.

O governo de Israel declarou que os ataques visavam lideranças e infraestruturas estratégicas do Hamas, que é considerado uma organização terrorista por Israel e outros países. A operação foi conduzida em colaboração com a Agência de Segurança de Israel.

O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva foi ordenada após o Hamas recusar a libertação de reféns e rejeitar propostas de negociação.

“Israel atuará, a partir de agora, contra o Hamas com força militar crescente”, declarou o governo israelense, destacando que a operação pode se intensificar conforme necessário.

Informações preliminares indicam que o primeiro-ministro e o vice-ministro das Relações Exteriores do governo do Hamas foram mortos em ataques aéreos israelenses em Gaza. Em resposta, o líder do Hamas, Ezzat al-Rishq, declarou que os ataques representam uma "sentença de morte" para os reféns israelenses restantes em Gaza, onde se estima que menos da metade dos 59 reféns ainda estejam vivos. A escalada do conflito levou Israel a impor restrições adicionais em comunidades próximas à fronteira com Gaza, incluindo o fechamento de escolas.

Antes da grande ofensiva, ataques menores já haviam sido registrados, como o bombardeio de sábado (15/3) que resultou na morte de nove pessoas no norte de Gaza. O cessar-fogo iniciado em 19 de janeiro, que previa a troca de reféns por prisioneiros, terminou em 1º de março sem avanços, levando Israel a suspender a entrada de ajuda humanitária em Gaza.