Uma concessionária de veículos de luxo situada no setor Jardim América, em Goiânia, está sendo acusada de aplicar golpes que ultrapassam R$ 3 milhões. A empresa é alvo de denúncias relacionadas à compra, venda e consignação de carros de alto padrão. Pelo menos 10 clientes alegam terem sido prejudicados com prejuízos expressivos, envolvendo cheques sem fundos, descumprimento de contratos e até a transferência irregular de automóveis sem o repasse integral do valor aos proprietários. A Polícia Civil conduz as investigações.

No centro das acusações está Vinicius Luiz Assis de Freitas, ex-sócio da empresa, apontado tanto por vítimas quanto por antigos parceiros comerciais como o principal responsável pelas negociações irregulares. Atualmente, a concessionária, chamada Imports Carros de Luxo, está registrada em nome de Edmar de Camargo Gomes e Alexandre Arantes Bisinotto.

As investigações da Polícia Civil de Goiás indicam possíveis crimes como estelionato, falsidade ideológica e formação de quadrilha.

Um empresário de Rio Verde, que optou por não se identificar, relatou ter deixado uma caminhonete RAM Classic Laramie na loja para venda. O acordo foi fechado no valor de R$ 250 mil, a ser pago em duas parcelas, mas segundo ele, apenas R$ 25 mil foram pagos. O veículo, por sua vez, acabou sendo transferido para o nome de Edmar, um dos sócios, e depois repassado a terceiros.

Outro cliente também consignou seu carro na empresa e diz ter recebido R$ 300 mil, mas ainda há R$ 250 mil pendentes. Ele obteve decisão judicial favorável que ordenava o bloqueio de contas e bens da empresa — sem sucesso. “Não há nada registrado no nome deles. Parece que esvaziaram todo o patrimônio. Isso mostra que há uma estrutura criminosa por trás”, declarou.

As vítimas afirmam ainda que denunciaram a situação à polícia antes do caso ganhar destaque na mídia. “A gente protocolou uma queixa-crime antes de tudo isso vir à tona. Fomos os primeiros a procurar a delegacia. Temos sete representações criminais registradas na DEIC contra o Vinicius, inclusive anteriores aos registros feitos pelos demais clientes”, ressaltaram.