Bolsonaristas usam fraude no INSS para atacar Lula: "Cuidar dos pobres virou roubar"

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitaram a megaoperação deflagrada nesta quarta-feira pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) para intensificar críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A investigação apura fraudes bilionárias envolvendo descontos indevidos em aposentadorias pagas pelo INSS.
Nas redes sociais, deputados federais do PL, como Nikolas Ferreira (MG) e Eduardo Bolsonaro (SP), acusaram o governo federal de "roubar os mais pobres". Nikolas anunciou que pretende convocar o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), para prestar esclarecimentos. Em publicação, afirmou: "O governo está metendo a mão no dinheiro dos aposentados".
Na mesma linha, o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) declarou que a promessa de "cuidar dos pobres" virou "roubar dos pobres".
Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, comparou o episódio com a situação de seu pai, intimado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) enquanto estava internado na UTI após cirurgia abdominal. "Enquanto Moraes manda oficial de justiça intimar Bolsonaro, a quadrilha de Lula mete a mão nos aposentados e pensionistas do INSS", escreveu.
O senador Cleitinho (Republicanos-MG) também fez acusações, mencionando o irmão do presidente, José Ferreira da Silva, o Frei Chico, que é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), um dos alvos da operação.
— O irmão de Lula aparece como vice-presidente de um sindicato ligado a um esquema de R$ 6 bilhões. Estou encaminhando o caso à Comissão de Fiscalização para convocar os responsáveis. Eles precisam explicar por que estavam descontando dinheiro dos aposentados — afirmou em vídeo.
Colega do mineiro no Senado, Sergio Moro (União-PR) fez mensagem irônica: "As fraudes contra os aposentados do INSS, que foram estimadas em 6 bilhões de reais, comprovam em definitivo que o Governo Lula não precisa importar criminosos do Peru".